O medo de ser amado é avassalador, corrói-nos a auto-estima,
e deixa-nos num vácuo, um vazio, onde a insegurança, e a fobia ao outro,
impera. A fuga ao amor é a ignição de uma necessidade oposta e incongruente a
essa evasão: a vontade de ser amado… e não conseguir! Observar o objecto do nosso desejo, ansiar
pelo toque, pelos afectos, e imaginar tudo isso num rodopio anti-gravitacional,
provoca uma contemplação inatingível, que descamba quase sempre em utopias e
platonismos. Fugir ao amor, no entanto, pode ser o pavor de amar, de se dizer
que se ama, é o altear barreiras à transparência, é o censurar a nós próprios o
direito de expressar o quanto se ama alguém… o medo de ser amado é absurdo e
ilógico!
Hood
*posted by Hood
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