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domingo, 18 de dezembro de 2016

Message by the sea


                                                                 *in Pontinha, Funchal, 2008.





quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

David Bowie - "African Night Flight"


"African Night Flight"
African nightmare one-time Mormon
More men fall in Hullabaloo men
I slide to the nearest bar
Undermine chairman
I went too far
Bent on a windfall
rent a sony

Wonder
how the dollar went down
Gotta get a word to Elizabeth's father
Hey no, he wished me well

Seemed like another day
I could fly
into the eye of god on high

His burning eye will see me through
One of these days, one of these days
Gotta get a word through one of these days

Asanti habari habari habari
Asanti nabana nabana nabana

Getting in mood for a Mombassa night flight
Pushing my luck, gonna fly like a mad thing
Bare strip takeoff
skimming over Rhino

Born in slumber less than peace
Struggle with a child
whose screaming dreaming
Drowned by the props all steely sunshine

Sick of you, sick of me
Lust for the free life
Quashed and maimed
Like a valuable loved one
Left unnamed

Seemed like another day
I could fly
into the eye of god on high

Over the bushland over the trees
Wise like Orangutan that was me

His burning eye will see me through
One of these days, one of these days
Gotta get a word through one of these days

Asanti habari habari habari
Asanti nabana nabana nabana



David Bowie

sábado, 9 de janeiro de 2016

sonhos libidinosos

Bibi Andersson, Liv Ullmann, "Persona", Ingmar Bergman, 1966.


Existe algo na pureza do olhar que nos invade, e torna presente o outro em nós. Assim foi com esta imagem "Bergmaniana" que me acompanhou sempre, colada aos cadernos, às paredes dos quartos onde dormi, aos wallpapers de computadores, na intimidade dos sonhos, criando platonismos envolventes, onde o sublime, e o inatingível, se tornam possíveis.


*Aos eternos amantes da Beleza, o eterno infortúnio de ter de viver sem ela! O Esteta pune-se com a contemplação!

*Uma vagina sorridente encostou-se a um pénis enraivecido (Florípedes, seu nome) e cometeu um acto de canibalismo.


*Vaginas em chamas devoram-me a líbido e transformam-na em orgasmos púrpura.

*Pintelhos negra-flor deliciam-me o hipotálamo que procura no teu sexo-veludo a cumplicidade sublime de um devaneio.

*Sonhos pop embalam-me com beijos de seda libidinosos e segredam-me desejos proscritos por um Deus assexuado... "Amo-te" - um sussurrar sorumbático inaudível.

*Subtis voluptuosidades embriagam-me o espírito sedento de uma tertúlia incandescente, com aroma poético e envergonhado do teu sexo.

*Os anjos brincam no jardim da Lua com o teu sexo-flor ofuscando o brilho do Sol e o cintilar das Estrelas!

*Os anjos têm falos pujantes, de fogo prateado, e rasgam o céu da boca, roçando as asas como uma Fênix renascida!




Hood

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

domingo, 3 de janeiro de 2016

delírios de um tempo ausente (sempre presente)

François Sagat


*Três mil falos antropomorfos tornam-se gigantes em colos quentes de sabor a maçã e cheiro a alecrim!

Araki Nobuyoshi
*O imediatismo de um pensamento reflecte a transparência do indivíduo, torna-o nu.

*Orgias resplandecentes naïf elevam-se lentamente alienadas sexualmente.

*Pujantes erecções mentais invasíveis exaltam desenfreados devaneios.

*Ninfas homofóbicas devoram-me a mente e vomitam híbridos de colhões e clitóris ensanguentados, filhos da podridão humana.

*Um sorriso sem emoção reflecte o vazio de sensações sugadas pela infinitude de um olhar fixo numa sombra sem imagem... 


*...e a vida escondeu-se entre as estrelas, aconchegando-se no seu calor, perdida no sonho de uma mosca adormecida.
Arpad Miklos and Perfume Genius

*Os sonhos são de seda perfumada, suaves como o calor de um beijo de um anjo num falo, como a ondulação de uma língua num clitóris de cetim. Neles amas-me e ignoras.

*Caralhos embriegados, vorazes e endiabrados, de gretas esfomeadas, fogem alucinados.


*Dez mil estetas cósmicos afirmam que amo, na forma de um grito inaudível, a beleza surda da indiferença!

*Efémeras emoções da côr do vento fogem em cintilantes espirais daquilo que mais desejam: o Amor!



*Meu Amor despedaçou-se em infinitas secreções vaginais, atacadas por milhões de jactos de esperma, esquecidos no sonho de um Deus adormecido.

Louise Bourgeois.
Robert Mapplethorpe (1982)
*Um pénis anarquista efectuou uma viagem intergaláctica à velocidade da luz e aterrou num cú conservador extasiado de dor e prazer, contrariando a lei da criação.



*Troco a minha dignidade por um fio brilhante de Amor etéreo e inantingível... sou uma puta!!!


*Deus, durante a criação das coisas em si, apercebeu-se que a dor impulsiona a Vida e tornou-se num sádico por excelência.

*Subtis voluptuosidades embriagam-me o espírito sedento de uma tertúlia incandescente, cúmplice do aroma poético e envergonhado do teu sexo.




Hood




sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Fantasias e divagações revisitadas

Nicolas-François Octave Tassaert - "La Femme Damnée" (1859)



*Algo consome-me o imaginário estético-contemplativo, digno das estrelas e dos astros e de todas as coisas belas em si, como a envolvência espiritual / artística, na sua múltipla condição humana e divina mais pura! Que fazer quando confrontado com a grandiosidade do Belo manifestamente inalcançável?


*A Felicidade é profundamente triste por saber não existir mais estádios a alcançar! Sou feliz por ser triste, por isso não ser nada perante o tudo que posso atingir!

*Um pénis multifacetado (vergalho para os amigos), libertou uma lágrima pálida ao vêr duas vulvas marginais beijarem-se nos lábios. Sexo? Questionam-se os cépticos conservadores perante a audácia de tal beijo ternurento e inocente! Os clítoris, esses, trocam carícias como duas borboletas numa tarde de Primavera.

*Quero sentir o meu sémen gotejar suavemente na tua língua lânguida e veludil, senti-lo na tua vagina sedenta pelo meu falo em libidinosos devaneios!

*Salgado, o teu falo-seda, que uma após outra vez, fecunda a praia da minha imaginação, em compassos lentos demais...!

*O sexo na minha mente não acontece como no que digo ou escrevo. As palavras são apenas um jogo, manipuladas de forma a que o seu utilizador diga o que quer e não o que sente. Elas, ao contrário dos sentimentos e dos pensamentos, que são puros, estão viciadas! Podem ter um valor estético pela forma como são agrupadas ou utilizadas e não propriamente pelo seu significado. Ter liberdade de discurso é também ser livre um pouco.

*A dor trespassa-me a mente, fria e cortante qual lâminas afiadas. Sinto-me a levitar, lentamente, calcorreando rios de prata como um Cristo torturado de cujos lábios, rosados, brotam beijos de sangue vermelho semelhantes aos de um Sol cansado num fim de tarde de Agosto. É possível senti-lo, assim, sorridente e desajeitado?



Hood


Nunca te foram ao cu

Montgomery Clift, "From Here To Eternity", 1953

Nunca te foram ao cu
Nem nas perninhas, aposto!
Mas um homem como tu,
Lavadinho , todo nu, gosto!

Sem ter pentelho nenhum
com certeza, não desgosto,
Até gosto!
Mas... gosto mais de fedelhos.

Vou-lhes ao cu
Dou-lhes conselhos,
Enfim... gosto!



António Botto



*publicado por Hood

domingo, 27 de dezembro de 2015

acerca do amor....

Henri Cartier-Bresson
Sentou-se ao colo, calmo e sereno, amou, e deixou-se amar. Apesar da simplicidade aparente deste acto, o amor encerra em si uma complexidade de emoções, um turbilhão de vontades, medos, e desejos, que se cruzam entre si - por vezes em harmonia, outras vezes chocando-se -, elevando a um extremo a dificuldade de dizer: “amo-te”. Amar alguém implica a coragem de despir-se, mostrar-se, pôr-se nu perante o outro, é deixar as emoções fluírem livremente, sem bloqueios, soltas, em direcção à pessoa amada. O amor não escolhe idade, ou género, o amor encerra em si a pureza maior que transcende todos os convencionalismos sociais, e biológicos: não conhece barreiras. Embora possa existir disfarçadamente entre sorrisos marotos, em olhares fulminantes, na mudez do fingimento da indiferença, o amor está lá, presença constante num espírito prestes a explodir, qual fénix na iminência de romper em chamas e esvoaçar espalhando fagulhas de prazer e desejo. O amor pode ser contido, mas não banido: existe, perene, na alma que o aloja! 



Hood

segunda-feira, 6 de julho de 2015

If...

Marlon Brando, "Há Lodo no Cais", Elia Kazan, 1954.






 If

If you can keep your head when all about you
  Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you,
  But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
  Or being lied about, don’t deal in lies,
Or being hated, don’t give way to hating,
  And yet don’t look too good, nor talk too wise:

If you can dream—and not make dreams your master;
  If you can think—and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
  And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
  Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
  And stoop and build ’em up with worn-out tools:

If you can make one heap of all your winnings
  And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
  And never breathe a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
  To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
  Except the Will which says to them: “Hold on!”

If you can talk with crowds and keep your virtue,
  Or walk with Kings—nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you,
  If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
  With sixty seconds’ worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that’s in it,
  And—which is more—you’ll be a Man, my son.



Rudyard Kipling



*Posted by Hood

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Bekas

Diya Mariwan, Sarwar Fazil, "Bekas", Karzan Kader, 2012

"Bekas" é um retrato belo do amor, que resiste às maiores atrocidades humanas num autêntico  cenário de terror da guerra. Num mundo onde as crianças têm de ser homens mais cedo, de se desenvencilharem e sobreviverem, existe espaço também para a fantasia, e a ilusão. Karzan Kader apresenta-nos dois irmãos órfãos, corajosos, mas muito inocentes, e naif, que sonham fugir da invasão do Saddam Hussein  no Curdistão, e rumarem em direcção à América, montados no seu burro chamado Michael Jackson, onde irão conhecer o Super-homem, que acreditam que irá ajudá-los a derrubar o ditador iraquiano. O realizador consegue, com esta comovente história, nos fazer sorrir com a ingenuidade dos meninos, e simultâneamente tocar no nosso âmago, ferindo-nos a alma com a visão angustiante deste bravos sobreviventes, que  sonham com a união familiar, a felicidade e o amor, num mundo deles, no qual não conseguem discernir entre a realidade e o universo feérico.... preencheu-me o dia!

Hood




*posted by Hood



terça-feira, 23 de junho de 2015

O medo de amar... e de ser amado!



O medo de ser amado é avassalador, corrói-nos a auto-estima, e deixa-nos num vácuo, um vazio, onde a insegurança, e a fobia ao outro, impera. A fuga ao amor é a ignição de uma necessidade oposta e incongruente a essa evasão: a vontade de ser amado… e não conseguir!  Observar o objecto do nosso desejo, ansiar pelo toque, pelos afectos, e imaginar tudo isso num rodopio anti-gravitacional, provoca uma contemplação inatingível, que descamba quase sempre em utopias e platonismos. Fugir ao amor, no entanto, pode ser o pavor de amar, de se dizer que se ama, é o altear barreiras à transparência, é o censurar a nós próprios o direito de expressar o quanto se ama alguém… o medo de ser amado é absurdo e ilógico! 


Hood






*posted by Hood

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Estrela (de)cadente

Edie Sedgwick

Estrela iludida entre um mar de admiradores... elevada na glória da fama, na cama de incontáveis amantes, em orgias regadas a álcool e tabaco refinado, torna-se vítima da solidão, que domina e entranha-se por entre os lençóis, e corrói as emoções, frágeis, abanadas pelo zéfiro da vaga ilusão de ser amada! 
Hood





Catch a Fallen Star


Black rings round your eyes
And you're spewing your lies
That you know is your old routine

Spilling your drink

With a nod and wink

As you boast about people you've been

Smoking your cigarette

Down to the butt

And your teeth are as black as the tar
You tell them at sex
You're a stud in the bed
As you hang for your life on the bar
And you see your own peak
On the top of the mountain
Of bodies you trod on to get there
Shit on me, shit on her
Shit on you in the end
And they won't even lend you the bus fare
Now you're boring the pants off
The tart on the dance-floor
As you tell her the person you once were
She just sees you as trash
But she creams at the cash

That you might pay just to grope her 
And this town is a potpourri of disease

Can you smell the herpes from the scum-sucking fucks

That hang around the same suckers each mid-night

You were being your photo

And spouting your promo

Flicking back your limp whip

That's as limp as your dick

Irritating your greedy cross-eyed sight
Oh Christ and you're greasing up now
To the creepy old cow
That would sell out your mother and besides
Your sell-out assured
You were always a whore
And you've always been taken for long rides
At the smell of the bride
You go jelly inside
As you step up the gold ladder to big time
Kick them on the way up, kick you on the way down
And you'll need them all again in good time
Your friend is the "yes"-man
Who sits by your side
With his hand in your pocket all the time
And he's messing your head
Tries to get you in bed
Well it's all masturbation of a kind

What you earn, heaven knows
It goes straight up your nose
And you strangle your health in the end
And you're blinded by bull
And you've really been full
And it's driving you straight round the bend
And you're told that a smile is so worth your while
Its what "yes"-men call diplomacy
It'll get you the goal
But while losing the soul
You're forgetting the quality
And you heave on your drink
As you're starting to think
That all that shines may not be lam?
But a cheap substitute
That'll give you the boot
You're just a stiff at a funeral party
Where you slouch on the bar
With the arm in the beer
Wearing yesterday's mascara today
And it runs when you cry about living a lie
And the lie's starting to fade away
Fade away

Repeat...
Fade away
...till fade away


Marc & the Mambas




*posted by Hood

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Platonismo

Barbara Kruger
Estou apaixonado novamente! Por vezes acho que a minha libido é como folhas esvoaçantes numa tarde ventosa de Outono: está sempre no ar! Hoje, ainda não são 11h da manhã, e já me apaixonei cinco vezes; meia dezena de olhares, e sorrisos, conquistaram-me e derreteram-me qual manteiga debaixo de um sol escaldante! São paixões efémeras, rápidas, e fugazes, que fazem a alma sorrir interiormente, e pensar em como a Vida, e as pessoas, podem ser bonitas! Os breves lampejos de paixão são agradáveis, descomprometidos, e fazem-me sentir feliz, já as grandes paixões, que se arrastam pesadamente no tempo, são um aborrecimento, e cansam muito. Estou apaixonado de novo, mas não são apenas estilhaços de amor, aleatórios, de estranhos que se cruzam comigo no decorrer do dia, é mais uma daqueles amores platónicos que perduram…. que ficam a moer como uma pedra no sapato, da qual nunca nos conseguimos libertar! Aquelas pessoas que nos entram na vida para ficarem muito tempo, que se alojam naquela zona libidinosa do nosso cérebro, que nos despertam um tesão incontrolável, e uma exaltação das emoções mais profundas, são uma chatice incomensurável, que proporcionam uma trabalheira extenuante para lidar com elas: pensar nelas, sonhar com elas, criar expectativas… uma labuta imparável, para acabar por concluir que afinal tudo não passa de uma ilusão! Acho que estou a desenvolver uma nova paixão… e não estou a gostar! 

Hood


*posted by Hood

sábado, 25 de abril de 2015

...sobre a vida e a felicidade... e o cansaço de tudo isto!


Cindy Sherman
A vida é uma inevitabilidade que nos acontece por acaso, é um acidente, não pedimos para viver, mas quando esta nos acontece, torna-se urgente aprender a passar por ela; viver com o mundo e connosco próprios, e isto, por vezes, é um peso enorme! Não querendo subestimar as alegrias do sentir, do respirar, do estar, do motivo de viver, conviver, de tudo o que pode ser razão de júbilo em estar vivo, a vida pode cansar, causar fadiga de lutar por tudo isto. Na fase do esperar, do lutar, o resultado pode estar mesmo ali à mão, mas a espera estende-se numa linha infinita, aparentemente inalcançável, de ansiedade… estou farto! As alegrias, quando forçadas, não sentidas, tornam-se exasperantes! É fastidioso e exacerbante ser alegre à força, viver as alegrias dos outros, os ideais dos outros, aquilo que é comum, e esquecer-nos de nós! Tudo acaba por ser estereotipado, e se não vivemos dentro desse estereótipo, estamos mal…. se definem que a luz, as flores, ou o brilho, são sinónimos de alegria, e eu, se me sinto feliz com a noite, com o negro, ou com as árvores despidas, não posso ser feliz, nem alegre, não existo no mundo dos outros! Aprendi com isto a estar só…. estar no meu mundo, isolado, sentir as minhas alegrias, independentemente da opinião dos outros. Aprendi a estar comigo, ser feliz comigo, e saber que não há nada de mal em gostar da noite, da poesia imagética de flores mortas, e romances impossíveis, de gin à meia noite ao som de Marc Almond, da imagem artística corrosiva da decadência, dos poetas malditos, de Tarkovsky, de Baudelaire na voz da Diamanda Galás, ou da voz dolente do Leonard Cohen a adornar o espírito e a alma. Aprendi que quanto mais genuínos somos com nós próprios, mais felizes nós somos!






"Comes the night

comes the cold

comes the face

of the one I love



I see the birds

upon the rock

the crows that knew

your name and came on time



LIGHTS OUT

LIGHTS OUT

LIGHTS OUT

LIGHTS OUT



I see your eyes

we held your hands

What did you think

about until the angels came



Birds that love you know

what you know now

Could I have stopped them

from holding you down



LIGHTS OUT

LIGHTS OUT

LIGHTS OUT

LIGHTS OUT



Friends and lovers

the night draws near

your eyes don't fool her

who knows your fear



Birds of death

I've seen you all before

Birds of love cry

"This is yours no more!"



LIGHTS OUT

LIGHTS OUT

LIGHTS O UT

LIGHTS OUT



What is the answer to the waste of 10,000 days?

Your soul is now my destination

until the blackbirds come."


Diamanda Galás



*posted by Hood