Nicolas-François Octave Tassaert - "La Femme Damnée" (1859) |
*Algo consome-me o
imaginário estético-contemplativo, digno das estrelas e dos astros e de todas
as coisas belas em si, como a envolvência espiritual / artística, na sua
múltipla condição humana e divina mais pura! Que fazer quando confrontado com a
grandiosidade do Belo manifestamente inalcançável?
*A Felicidade é
profundamente triste por saber não existir mais estádios a alcançar! Sou feliz
por ser triste, por isso não ser nada perante o tudo que posso atingir!
*Um pénis multifacetado (vergalho para os amigos), libertou uma lágrima pálida ao vêr duas vulvas marginais beijarem-se nos lábios. Sexo? Questionam-se os cépticos conservadores perante a audácia de tal beijo ternurento e inocente! Os clítoris, esses, trocam carícias como duas borboletas numa tarde de Primavera.
*Quero sentir o meu sémen gotejar suavemente na tua língua lânguida e veludil, senti-lo na tua vagina sedenta pelo meu falo em libidinosos devaneios!
*Salgado, o teu
falo-seda, que uma após outra vez, fecunda a praia da minha imaginação, em compassos
lentos demais...!
*O sexo na minha
mente não acontece como no que digo ou escrevo. As palavras são apenas um jogo,
manipuladas de forma a que o seu utilizador diga o que quer e não o que sente.
Elas, ao contrário dos sentimentos e dos pensamentos, que são puros, estão
viciadas! Podem ter um valor estético pela forma como são agrupadas ou
utilizadas e não propriamente pelo seu significado. Ter liberdade de discurso é
também ser livre um pouco.
*A dor trespassa-me
a mente, fria e cortante qual lâminas afiadas. Sinto-me a levitar, lentamente,
calcorreando rios de prata como um Cristo torturado de cujos lábios, rosados,
brotam beijos de sangue vermelho semelhantes aos de um Sol cansado num fim de
tarde de Agosto. É possível senti-lo, assim, sorridente e desajeitado?
Hood
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